Marcadas pelas contradições entre a globalização e os localismos, a distribuição desigual dos bens e do capital, as cidades demarcam ao mesmo tempo possibilidades e fronteiras territoriais/espaciais/geográficas para as relações entre indivíduos, grupos e coletividades. Seus ritmos, patrimônios, monumentos e sua arquitetura recontam constantemente as memórias ali visibilizadas e invisibilizadas, configurando, no presente, lugares sociais de encontros e desencontros, de acolhida e repulsão, de cuidado e abandono, da beleza e da feiura onde as relações interpessoais tomam palco e se constituem, assim como, os indivíduos que nela habitam. No caso das cidades na Amazônia, muitas delas configuradas numa relação estreita com os rios que as margeiam, o imbricamento entre o campo e a cidade, entre o natural e o artificial, a tradição e a novidade, a preservação e a destruição, a exploração cíclica e contínua de recursos, o estilo de vida urbano e os modos de viver dos povos originais e das águas e florestas, configura outras especificidades. No entanto, nosso cotidiano, pautado na rotina agitada e acelerada impõe limites às possibilidades de consciência sobre tantas dimensões que constituem nossas vivências nas cidades. Com base nestes apontamentos e no fato de que vivemos um momento de limitação de nossas interações no e com o espaço público citadino, pela necessidade de distanciamento social durante a pandemia de COVID-19, propomos a realização de oficinas estéticas de experimentação fotográfica, produção do olhar, do sentir e do pensar sobre a relação de jovens com a cidade que habitam, mais especificamente a capital do estado de Rondônia, Porto Velho, localizada às margens do Rio Madeira. A primeira etapa do projeto consistirá na composição e formação de um grupo de estudantes do curso de psicologia e/ou áreas afins da Fundação Universidade Federal de Rondônia, para estudo de noções básicas de fotografia e de práticas em psicologia sob esta mediação, bem como a experimentação fotográfica e do olhar sobre a cidade. Na segunda etapa estes estudantes auxiliarão na facilitação de oficinas com grupos de jovens de escolas públicas e/ou residentes em bairros populares de Porto Velho, durante a Pandemia de COVID-19, ofertadas exclusivamente em formato on-line. Entre as temáticas previstas para os encontros nas oficinas com jovens estão: noções básicas de fotografia; proximidades e distanciamentos na e com a cidade antes e durante a pandemia; a Amazônia que nos habita; as memórias e narrativas do velho e do presente porto, a arte do viver beradeiro e meu lugar nesta beira.
Estudantes
Jovens de camadas populares e/ou escolas públicas
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