Banca de DEFESA: DEISE LEMOS CARVALHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DEISE LEMOS CARVALHO
DATA : 19/05/2025
HORA: 08:00
LOCAL: https://youtube.com/live/FsmCgzAqWjw
TÍTULO:

A materialidade da historia indigena no Medio Rio Guapore: um estudo da ceramica do sitio arqueologico Joao Durao


PALAVRAS-CHAVES:

Sítio João Durão; Rio Guaporé; Povos Arawak; Cerâmica arqueológica; Intercâmbio cultural


PÁGINAS: 185
RESUMO:

Esta dissertação tem como objetivo investigar as ocupações indígenas pré-coloniais na região do rio Guaporé (RO), com foco na análise da cerâmica do sítio arqueológico João Durão, localizado entre Seringueiras e São Francisco do Guaporé. A pesquisa busca correlacionar os vestígios cerâmicos encontrados com as fases Jasiaquiri, Bacabal e Corumbiara/Pimenteira, discutindo ainda sua possível associação com povos de língua Arawak, com base em elementos iconográficos como apliques zoomorfos (cabeças de aves e morcego). A região do Guaporé apresenta uma longa história de ocupação humana, com registros que remontam a 14.700 anos AP, abrigando sítios arqueológicos diversificados, como geoglifos, montículos e estruturas de terra. A cerâmica analisada no sítio João Durão revelou dois componentes distintos: um mais antigo, com características similares à cerâmica Jasiaquiri (decorações incisas e formas simples), e outro mais recente, com traços tecnológicos e decorativos próximos às fases Corumbiara/Pimenteira e Bacabal. A metodologia incluiu a análise tecnomorfológica dos artefatos cerâmicos, considerando aspectos como forma, decoração e função, além da datação relativa por comparação com materiais de outros sítios da região. Os resultados sugerem que o sítio João Durão pode representar ocupações distintas ou uma transição cultural vinculada a um sistema multiétnico, semelhante ao observado em Llanos de Mojos (Bolívia). Apesar das semelhanças com a cerâmica Jasiaquiri, a datação do material em João Durão é anterior à do lado boliviano, levantando questões sobre fluxos culturais e interações entre grupos Arawak e Tupi na região. Por fim, o estudo contribui para a historiografia arqueológica do Guaporé, destacando a importância da cultura material na reconstrução das dinâmicas sociais, tecnológicas e identitárias dos povos indígenas em um contexto de longa duração.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1000356 - ROGERIO SAVIO LINK
Externo à Instituição - GUILHERME ZDONEK MONGELÓ - UFS
Externo à Instituição - ANGISLAINE FREITAS COSTA - USP
Externa à Instituição - HELENA PINTO LIMA - UFOPA
Notícia cadastrada em: 17/04/2025 08:19
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